Aqui em Pindamonhangaba, a gente sabe bem que nossas grandes indústrias a Gerdau, a Novelis e a Tenaris Confab são o coração da nossa economia. Elas geram milhares de empregos, movimentam o comércio local e garantem o sustento de muitas famílias. Mas, nos últimos tempos, uma notícia vinda lá dos Estados Unidos, direto das decisões de Donald Trump, tem tirado o sono de muita gente por aqui.
A história é a seguinte: os Estados Unidos decidiram aplicar uma taxa pesada, de 50%, sobre o aço e o alumínio que compram do Brasil. Imagine que, de repente, tudo que produzimos aqui para exportar para eles fica absurdamente mais caro. O Brasil é um dos maiores fornecedores de aço para os americanos, e também vende bastante alumínio e tubos. Essa medida não é só um número no papel; ela tem um impacto direto no dia a dia da nossa cidade.
O Alerta Vermelho nas Nossas Fábricas
Vamos entender como essa decisão lá de fora mexe com as empresas que a gente conhece tão bem aqui em Pinda:
A Gerdau e o Aço que segura nossa economia
A unidade da Gerdau em Pindamonhangaba é especializada em aços que vão para setores importantes, como a indústria de carros. Uma boa parte do que é feito aqui tem o mercado americano como destino. Com essa sobretaxa de 50%, o aço que sai da nossa cidade fica inviável para os compradores de lá.
Isso pode significar:
* Menos Pedidos, Menos Trabalho: Se os clientes dos EUA pararem de comprar, a produção aqui na fábrica pode diminuir. E menos produção significa menos horas extras, ou até, no pior cenário, a necessidade de reduzir o quadro de funcionários.
* Planos em Stand-by: A Gerdau tem investido para modernizar e crescer aqui em Pinda. Se o futuro das exportações para os EUA fica incerto, novos projetos e investimentos podem ser adiados.
A Novelis e o Alumínio que move a inovação
A Novelis, que é líder mundial em alumínio laminado e reciclado, tem uma fábrica importantíssima em Pindamonhangaba. Eles produzem o alumínio que vira latinha de refrigerante e peças para carros, e muitos desses produtos vão para os Estados Unidos. A taxa de 50% no alumínio traz preocupações:
* Vendas Mais Difíceis: Com o preço lá em cima, fica muito mais complicado vender para os americanos. Isso afeta a lucratividade e pode exigir que a empresa mude sua estratégia de vendas.
* Olhos Voltados para Outros Mercados: A Novelis pode ter que correr para fortalecer as vendas em outros países ou focar ainda mais no Brasil e na América do Sul. Mas essa transição nem sempre é rápida.
A Tenaris Confab e os tubos que conectam o Mundo
A Tenaris Confab é outra gigante aqui em Pindamonhangaba, famosa pela produção de tubos de aço usados em projetos de petróleo, gás e infraestrutura. Muitas dessas obras importantes acontecem nos EUA, e nossos tubos poderiam ser usados lá.
* Perda de Grandes Projetos: Com a taxa, a Tenaris Confab perde a competitividade em licitações e grandes projetos americanos.
* Impacto no Ritmo da Fábrica: Menos vendas significam menos produção. E menos produção pode se traduzir em menor utilização da fábrica e, consequentemente, afetar a vida dos trabalhadores.
O eco na vida de quem mora em Pinda
Quando falamos sobre essas empresas, não estamos falando só de números. Estamos falando das famílias que dependem delas. A Gerdau, a Novelis e a Tenaris Confab são fontes de renda para milhares de pessoas, que usam seus salários para pagar o aluguel, o supermercado, a escola dos filhos, movimentando todo o comércio local.
Se a produção diminui, se os investimentos são adiados, a incerteza bate à porta. Isso afeta o poder de compra, o comércio da nossa cidade e até a arrecadação de impostos que a prefeitura usa para melhorar a saúde e a educação. É um efeito cascata que preocupa a todos.
O que nos espera no futuro?
O cenário não é dos mais fáceis. Nosso governo e as associações da indústria já estão mobilizados, tentando negociar com os Estados Unidos para reverter ou pelo menos suavizar essas taxas. Enquanto isso, as empresas estão buscando novos mercados e formas de se adaptar.
Para Pindamonhangaba, o desafio é grande, mas a gente sabe que nossas indústrias são fortes e nossos trabalhadores, competentes. O jeito é ficar de olho e torcer para que essa maré de incerteza passe logo, e nossas fábricas possam continuar a todo vapor, garantindo o futuro da nossa gente.
Gustavo Felipe Cotta Tótaro - CLICAR AQUI
Tecnólogo Gestão de Negócios e Inovação - Faculdade de Tecnologia José Renato Guaycuru San Martim. ( Fatec Pindamonhangaba)
Técnico em Contabilidade - Escola Técnica João Gomes de Araujo de Pindamonhangaba/SP
Comentários
Postar um comentário